domingo, 31 de julho de 2011

Um jogo (que prefiro não jogar)

Este é um futuro que não deveria ser
É o presente de algo que morreu semanas atrás
Mas este fim era anunciado antes mesmo de nos encontrarmos
Quando foi comprado o jogo de sins, nãos e talvezes
Você viciou em palavras com reticências
E neste jogo garotos entram e saem de sua porta
Mas a sala fica abandonada e você em sua cama querendo sonhar mais
Machismo e afins criaram as regras que você tanto gosta, baby
Será devorada até desaparecer, como preza sua fantasia
Gozar o gozo que teu corpo lhe dá, nunca desejou isso com outro
(Seria isto possível ao menos em seus sonhos?)
Sabe que arde, mas nunca é outro que faz teu fogo, pois ele é seu
Mas será apagado quando for comida
Assim como suas irmãs
Tão descabeladas quanto possam sofrer
Seus corações marcados por antigas amarras
Que mesmo soltos ainda sentem a dor
Pra se perderem em afagos cafajestes e palavras baratas
Eu já sei, vocês fingem que não
Logo mais alguns corações serão partidos, que dói na alma
Alma feminina que sabe bem das dores e desejos de sua irmã
São tão belas quando unidas nestes porres mundanos
Mas ver suas lágrimas me dói tanto nestes tempos
Quando não consigo parar de pensar e indagar a vocês:
Quando irão virar esta mesa pra o jogo acabar?