terça-feira, 4 de novembro de 2008

Atualizando, tirando a poeira, ou a 1ª postagem bimestral

Sim, aqui está empoeirado. Talvez pensem que eu também estou, sendo mais um felizardo ocioso integralmente. Pois bem, na verdade meu coração está agitado e sacudindo a poeira que ficou cravada em alguns neurônios, mas, como já disse o mestre Ovídio, amor e ociosidade andam de mãos bem dadas (Ah, Afrodite !!), porém, não por muito tempo: voltei a pulsar pelas minhas outras paixões de sempre.

Bom, ensaio aqui algo que blogueiros sempre sofrem quando entram em um bom relacionamento fora da BlogSphere (seja amoroso, sexual, profissional ou qual outro houver): suas amadas páginas virtuais começam a sofrer de Desatualizonite Aguda; mas a tal é, felizmente, passageira.

Estava nessa até umas semanas atrás, mas como sou fiel às minhas paixões, acabei por voltar as atividades deixadas de lado (somente por um tempo, claro): leituras, bebedeiras com os amigos (e com a namorada também), conversas sobre música, poesia, metafísica, vida, política, sonhos, esperanças, (des)ilusões e por aí vai... Mas faltava voltar a ativa numa coisa: meus escritos.

Ainda não escrevi nada, apenas idéias, haja vista que tirei a poeira cerebral a poucos dias. Ao menos cá estou a atualizar, escrevendo o que (não) tem ocorrido com minha vida blogueira (ou seja, absolutamente nada !!), como queria voltar aqui mesmo sem um bom escrito e acabei apenas fazer este relato.

Até mais, meus caros leitores e blogueiros.

Um comentário:

Anônimo disse...

Teus textos me remetem à trechos de Milan Kundera ou alguma outra cousa, do Pessoa - propriamente. Escrever sobre a vida e os afins dela, é penoso, complicado e oras, como disseste por aqui, 'impublicável'. São trechos de vida que se agrupam, e se agitam, tentando codificar emoções e uma vida aberta. São notas musicais, com pitada de jazz, rock clássico, alternativo, mpb, que esperam o insolente-corpo-dolente amolecer em pedações de sensações. Confesso que, aos 20 e poucos anos, passei por muitas histórias em estórias, e disponho de aleatórios contraversos para deixar aqui uma mensagem útil. Na vida, aprendi, passamos por tantas cousas... tantos tons... gêneros e vertentes, que, por sermos humanos, esquecemos de apenas sermos nós mesmos - de facto. São amizades que se perdem, porque se misturam (por de-más) ao óbvio. São amores que chegam, ficam, vão embora, como grânulos de ocultismo e desinibição - lutando juntos. Tem todo o trejeito de, por vezes, precisarmos nos auto-afirmar, nos espelhando em alguém... ou o alguém se espelhando em nós. E isso, mesmo que não-o-tempo-todo, sempre acontece. Adoro o lado humano, sem satírico, de viver, porque cada dia que passa descubro que a vida é para quem ainda tem uma força interior que não seja somente 'o instante'. Pessoas que vão e vem... olhos que observam, atentamente, mudanças (ou não), energias ou não, sintonias ou não. Fala-se tanto de aura, poder das cousas, esferas-desconhecidas... fala-se tanto em energia, precauções, entradas e saídas. Falam, muito, sobre tudo o que pode ser feito para que algo melhore... mesmo que seja momentaneamente. Mas o que me deixa uma curiosidade maior, é enxergar que, discursos assim, de humanos-não-humanos, nunca funcionam por definitivo. O que mais me me dá prazer na vida? Apenas continuar viva, portanto. Se energias adiantassem, com certeza o mundo acabaria em dois tempos... ou em um, somente. Se pessoas fossem iguais às outras, certamente, também, viver não teria sentido, graça, douçura alguma. A graça de toda uma tentativa de olhar pra si mesmo e fazer do que se é, algo muito melhor, é olhar as diferenças com olhos da alma... com sede de intensificar-em-si, o que se prega a todo instante, mas que NUNCA SE REALIZA. Relização, destreza, almejo e ser cortejado de forma natural, sem máscaras ou alienações, são noções que não medem cálculos, valores, votos. São trechos, e terços. São ventos-em-brisas, adoçicados e naturalizando a ametista interior de cada ser. Gostei desse espaço e da maneira atenta-natural que você dispõe as palavras. Vejo, claramente, que a poesia e todas as magias embutidas nela, aqui se fazem. Passarei sempre, com prazer. É muito jóia saber que no mundo, realmente, a palavra essência, exatamente, ainda se personifica. Que venham as tentativas, que rolem as neuras-pessoais. Se o destino de cada pessoa é feito por ela mesma - pois acredito que o mundo roda-eroda, esse mesmo destino encaixa os deleites-sem-nostalgia. Passado, presente e um futuro que não nos pertence, entrelinhas, se trombam de maneira mágica. Viva a vida, vivamos nós. O que me é mostrado, é valorizado - quando se tem valor. O que é escondido, é colocado em secundário. O ordinário acaba virando extraordinário; pois só assim vale a pena constar que ainda existem mágicos-ilusionistas em nós mesmos.

Até mais, caríssimo!