quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Por quanto tempo a cidade será moribunda?

O cara mais velho da cidade finalmente foi deixado por toda a família
Morgando sozinho em casa não era um bom negócio
Ele saiu errante pelas ruas, passando os dias por elas
Descansado o corpo na calçada
Como se fosse pedinte sem esmola, uma mente livre na real
Mas as pessoas apressadas nunca pensaram o mesmo
Nenhum jamais sentou ao seu lado com um trago convidativo a compartilhar
Só umas moedas eram jogadas ao seu lado

“Que diabos há com as ruas? Ninguém passa dias, nem mesmo uma única noite aqui fora!
Eu sou aquele que a morte quer, mas parece que sou eterno e a cidade à tempos é um cadáver abandonado.
Meu caro veja estas moedas, são mais velhas que meu espírito, porque a cada dia levanto novo!
Mas ninguém está aqui para diversão!”

Grande razão tem as palavras do velho!
A cidade está morta!
À noite só temos álcool e cigarros
Às vezes é tão solitário mesmo com amigos
Acaso quem não está só de passagem ao nosso lado?
Muitos só estão voltando para descansar
Mas não é o aconchego do lar que faz o homem tão débil?
Vejo que não estão a descansar
Estão a morrerem em suas casas para serem zumbis do trabalho

Você observa aquele homem atravessando tantos lugares na cidade
Ela não está nem um pouco velho, e ainda está livre, uma benção da idade
O mais velho torno-se livre!
Ouçam seus dizeres! Vamos ouvi-lo e à noite viver sua sabedoria!

Ei, meu caro amigo
O que vocês farão sobre estes dias?
Eles não são obscuros, a humanidade não está perdida
Nós não vemos o amor em muitos lugares, é verdade
Mas não tem churumela pra fugir
Garotos e garotas! Garotas sem garotos! Garotos com garotos e garotas com garotas! A cidade é de vocês!

“Ninguém deve culpar o amor por ele correr livremente em nossas ruas
Venham logo! Caiam fora de seus lamentáveis quartos e façam amor em todo lugar!
É! Todos devem fazer! Toda a cidade deve suspirar toda hora de toda noite!”

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