sábado, 27 de agosto de 2011

Despertares

Acordei prum dia que não pede mais mansidão. Tu esbofeteaste o marasmo que me enrolava os sentimentos. Tu não me fazes mais atrasar. Tu fazes sair palavras de mim, mesmo sem fôlego. Tu fazes te querer, te gostar, te envolver, te beijar.
E acordo cedo, porque a noite depressa se foi e o dia chegou, neste tempo horas sem ti se passaram. Acordo agitado querendo a certeza que tu me queres sem receio e por mais um dia ter a felicidade contigo.

Me fazes sorrir, me fazes bem, mesmo tu estando mal. Pois o mal é contigo, é medo. E lhe digo para não vacilar, para não temer, para acreditar. Tinha o pé atrás, uma covardia, tu não o tenhas, tu és coragem! E caso inevitável seja a dor, ela virá depois das coisas belas, apenas um espinho entre tantas flores cultivadas por nosso bem querer. Vamos, que todo este carinho vale a pena!

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O coração aperta quando sabe que a beleza que tentou furtar se foi.
Desespera quando descobre que realmente esta beleza nunca lhe pertenceu.
O coração quer devorar, ele fica egoísta quando o mundo gira somente a dois.
A beleza se perde no ato de desejar ser comida.
E se eu desejar tua pele, tuas coxas, teus seios, tua boca, teu olhar, teu gozo e teus cabelos? E se eu os quiser pra mim? Nada terei.
Posso, sim, é apreciar cada coisa bela que há em ti. E retribuir o carinho em tua pele, tuas coxas, teus seios, tua boca, teu olhar, teu gozo e teus cabelos.

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