quarta-feira, 26 de março de 2008

Dois poeminhas novos que acabei de escrever porque deu na telha de fazer isso de madrugada

Amargura

Amor, me dá dor de cabeça.
Fico, sim, muito preocupado como se simples momento entraria ou não para a eternidade.
Percebe-se que não manjo nada de eternidade, talvez leve varias reencarnações pruma noção do que é tempo sem que eu assuste.
Vai seguindo porque não sei quando vou.
Acho que sou lento, mas quando menos percebo pareço mais ágil que nunca.
Então vá... Que se for destino, nos alcançamos.
Sabe, pensava que era seguro entregar o coração e confiar, mas é tão arriscado quanto um vício
Assim que entendi como é estar perdido e espairecer numa bobagem de gosto amargo,
outras coisas perderam o sabor desse modo.
Amor, amargo é um "karma"

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Margem

Veja, nadando no rio seguindo o fluxo um homem de terno meio distraído meio atento, acho que sabe o que fazer, seja como for...
No sentido oposto vem um cara nú nadando abraçando uma moça nua,
se esforçam tanto, dá pra ver cada músculo, cada respiração, ritmo, movimento que vem duma energia sem fim, e parecem um só.
Deste lado, na margem, tem um ou outro, na verdade são bons amigos, que se sentam e admiram tanta gente.
Às vezes, não raramente, a gente escorrega, e tenta não se afogar até um amigo marginal nos resgatar.
O ar da margem é tragável e a água que aqui corre é um mistério só, assim fazemos arte disso
Sempre respiramos e bebemos esses elementos
Nos deixam embriagados, mas também lúcidos, despertam o amor e o ódio, tantos males e virtudes...
Assim vivemos... (não é tão simples como parece)
"À margem !!" Bebamos.

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