Janela para a paixão (platônica)
Abro portas, fecho-as em seguida
Debruço sobre a janela
Inclino o corpo como quem vai saltar
Mas somente observo a passagem do quotidiano
E atentamente, em cada minúcia
Como a beleza duma moça distante: encanto-me e nada mais
Num monento me perco, pois ela é incógnita
Mas ela também passa sem rumo, ou para meu breve deleite
De que me serve apreciar tantas sutilezas, quando não as entendo ??
E vai passando, deixando-me com o peito atravessado sem esperança
Janela fechada para Platão
Mas, instante após sumir de minha vida, sonho algo real
Ela abre a porta de minha morada em sua cara limpa
Assim é tão bela
Despe-se, sem hesitar, numa admirável nudez
Que, sem temor, amo
Fixamente em olhos
Sinceramente
Envolventes
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário