quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Há beleza nisso? E a eternidade?

Estas flores mudaram
elas não agüentariam mais que uma eternidade
Novas não nasceram
as substitutas são a novidade

Personagens roncam feito motor
arrastam-se como asfalto
diante desta beleza todos se fazem nada

São o clímax efêmero do ápice da futilidade
enfiadas em tubos translúcidos
para admiradores do fim da natureza
estes tais masturbadores fotográficos
guardam a beleza que vai embora

Tudo vira quadro, arte e memória
Não há ordem nisso
Há flores por aí a nunca serem ouvidas
mas cumprem o destino fadado a elas
seja humano ou seja coisa

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