quarta-feira, 9 de abril de 2008

Dois poemas, na madrugada mais uma vez, sobre poesia

Sobre o Poeta

A Lágrima sutil
Pela face passa
Até os sulcos da palma
Onde assume várias formas.
O Poeta a admira
E imagina confissões passadas.
Enquanto divaga ela se esvai;
O Poeta não sabe como mantê-la,
Resta imaginá-la

( Dezembro de 2006 )

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Sobre o Eu de forma poética

Flutuante, mas não expansível como o ar.
Quando fixo pés na terra penetro até sua parte mais dura.
Olho com paixão os céus que traz o vento nostálgico.
Quero estar lá mais uma vez ( sempre é uma palavra difícil ).
Será que os amantes sentiram isso ??
"Faça-me flutuar" é minha oração.
Será que ouviram ??
Mas o coração pertence ao que insiste em continuar aqui.
Eu, plantado sem dar frutos
E o vento não me levará nada.
Pela eternidade ?? ( cabisbaixo coço a cabeça )
Não, pela existência de sentimentos sepultados
Sem nunca ( engulo seco ) descansarem em paz.

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